domingo, dezembro 14, 2008

N.W.O.

Há mutos muitos anos, vi este clipe na MTV. Lembro do chapéu negro do senhor que cantava, de um bom ritmo e pouco mais. Pouco tempo depois, graças a um inutel qualquer, descobri um excelente álbum "Psalm 69", com o single... N.W.O.



Ainda está no top 10 das minhas músicas preferidas. Destila ódio, sem dúvida, mas é metal industrial do mais fino recorte, com samples inclusive do Apocalypse Now.

A New World Order... A New World Order....

E pronto, está respondido de onde vem o meu nickname N.W.O. quando o rei faz anos!

Deliciem-se com esta pérola dos Ministry. Pelo menos mais uma virá em breve.

domingo, novembro 30, 2008

What's been running in my head - Part VI

Hoje acordei com isto na cabeça e não descansei enquanto não vi a minha necessidade de a ouvir satisfeita! :-)

O God of earth and altar

Bow down and hear our cry
Our earthly rulers falter
Our peolple drift and die
The walls of gold entombe us
The swords of scorn divide
Take not thy thunder from us
But take away our pride

(G. K. Chesterton: English Hymnal)

Esta estrófe não me sai da cabeça! :-)



Iron Maiden - Revelations - tirado do DVD Live After Death, quiçá o melhor concerto que já vi editado.

P.S.: A forma como o Steve Harris martela aquele baixo impressiona-me como quando os vi ao vivo pela primeira vez, há mais de 16 anos :-) Pena que o vídeo do tutubo não tenha qualidade de som para se notar.

Televisão Pública

Quantas vezes no queixamos que a televisão pública não presta, os programas ou são ou desactualizados, e que se não fossem os canais por cabo/DSL/whatever, nem vale a pena ter um aparelho receptor.

Porém, excepção ou não, a Televisão Pública esteve em grande. Começou às 22:30 no Canal 1 com o fantástico "Portugueses nas Trincheiras", acerca da presença portuguesa na I Guerra Mundial, no mês em que o Armistício celebra 90 anos. Fantásticas imagens de arquivo, muitas coisas novas dadas a conhecer. Brilhante, apesar de ter visto apenas a 2ª parte, dado não me encontrar próximo de um televisor. A participação do Corpo Expedicionário Português é frequentemente ignorada e abafada pelos acontecimentos se passaram passados 8 anos, a 28 de Maio de 1926. Brilhante. Caso ainda não tenham entendido, estamos a falar de um canal de televisão mainstream a transmitir um documentário sobre história num sábado à noite. Linque com informação aqui.

... e logo em seguida, aquela que será provavelmente a melhor série de humor a ser exibida no nosso país nos dias que correm. Falo, claro de "Os Contemporâneos", uma série que começou morna (o que deve ter feito muita gente desistir de ver a série), mas que tem vindo a aquecer, com textos cada vez mais interessantes, com a marca das Produções Fictícias. Fica aqui uma pequena amostra do que eles são capaz: António Lobo Antunes, a estrela publicitária tudo faz, desde "Marta" à Leopoldina. Repetindo a adjectivação relativa ao programa anterior: brilhante!



...e que melhor forma de terminar com o (de novo) brilhante "Magnolia", de Paul Thomas Anderson, que a RTP2 exibiu logo de seguida. Talvez o filme mais triste que já vi. Mas sem dúvida dos mais belos. E a cena que é mostrada em seguida é absolutamente de antologia.




It's not going to stop
'Til you wise up...

Televisão pública, assim sim!

P.S.: E em seguida dará o Saw, série de filmes que ainda não tive o prazer de disfrutar. Porém, terá que ficar para outra ocasião.

sábado, novembro 29, 2008

Traz um amigo

É incrível como uma tarde aborrecida e causadora de má-disposição se pode tornar num agradável início de noite recheado de coisas boas. E tudo isto só por causa de um amigo.

Fica aqui a homenagem.



Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

domingo, novembro 23, 2008

Viciado em blogues? Not so much...

O gajo que insubordina colocou há uns tempos uma posta acerca do nível de viciação em blogues...

Fica aqui o meu nível, for the record... acho que está tudo sob controlo! :-)

52%How Addicted to Blogging Are You?

Created by OnePlusYou - Free Dating Sites

sexta-feira, novembro 21, 2008

Momento de humor e reflexão

Se o Mário Mata,a Florbela Espanca,o Jaime Gama e o Jorge Palma, o que é que a Rosa Lobato Faria?

Bem, talvez a Zita Seabra para o António Peres Metello...

Blindness

Acabei de voltar do cinema, tendo visto a última obra de Fernando Meirelles, "Blindness" (ou "Ensaio sobre a Cegueira", se preferirem).

Não há muitas palavras para descrever o que se passa no filme. Apenas que se trata do filme mais violento que já vi. Demasiado violento. Porque a violência pior acaba por não ser aquela que é efectuada por uns idiotas assassinos de metralhadora ou com bombas, mas quando provem do nosso âmago, do que é mais primitivo. Porque nos mostra "como poderia ser se..."

Foi-me dito o seguinte por alguém que, ao contrário de mim, já tinha lido o livro: "A certa altura senti nojo da raça humana". Pois nem mais. Contar mais sobre o filme seria estragar uma possível ida ao cinema. Mas se forem, ganhem estômago. Ganhem muito estômago. Porque o trailer que vão ver em seguida é muito, mas mesmo muito suave quand comparado com o que se passa no filme.

Quanto ao livro, vou esperar uns tempos e ganhar possivelmente coragem para o ler... mas para já não. Já tive a minha dose.


quarta-feira, novembro 12, 2008

Wordle

E porque já há algum tempo que não fazia uma brincadeira destas, aqui vai um wordle dos últimos tempos :-)


Não fosse o Wordle completamente circunstancial, eu diria que Freud explicava... assim, talvez não!

terça-feira, novembro 11, 2008

What's been running in my head - Part V

Peter Murphy é para mim a melhor voz masculina que já tive o prazer de ouvir (a uma longa distância do número 2, curiosamente aqui já publicado). E há mais gente que gosta...

A sua voz é cava, profunda (Deep!), misteriosa...
Li hoje uma mensagem de correio electrónico que invocava uma das suas mais belas músicas (e letras!) deste artista. Conclusão: estou a ouvir o álbum quase compulsivamente! Curiosamente, o terceiro CD que comprei na vida! :-)

A Strange Kind of Love... (mesmo com uns arranjos estranhos, não deixa de ser uma música muito bonita - bem mais bonita que o vídeo, diga-se de passagem!)



Obrigado pela ideia, T!

sexta-feira, novembro 07, 2008

A verdade de Fatinha

E pronto, soube-se finalmente a sentença do caso saco azul, envolvendo, entre outros, a autarca Fátima Felgueiras. O resultado? Todos os arguidos absolvidos, com a excepção de actual Presidente da Câmara, condenada a 3 anos e 3 meses de pena.. suspensa, assim como perda de mandato. No entanto, a condenada vai recorrer, porque na verdade ela não fez nada de mal.

Termina assim o folclore da sua fuga para o Brasil, a volta, a vitória nas eleições...

Pena que o "pobom" não possa ter julgado a Fatinha. Porque se assim fosse, não só seria absolvida, como os que a condenaram seria severamente punidos! Até porque entre declarações de "Não tenho razões de queixa da Fatinha", até "Ela não fez nada de mal", tudo serve.

A amiga do povo

E porquê? Porque não foi ao bolso dos Felgueirenses, que numa lógica de "Rouba, mas faz!", tudo aceitam. Eis a verdade de um povo ignorante, que olha para o seu umbigo e tem uma concepção de justiça, que, enfim...

Podem ver o linque aqui... Bem-vindos ao Portugal real.

terça-feira, novembro 04, 2008

Uma das últimas aquisições

... foi isto!


...que para quem não sabe, é o álbum homónimo dos Alice in Chains, e o último de originais. Adoro a capa: sem logo, sem nome do álbum, sem nada. Perturbador. Até porque só notamos "o que não está ali" num segundo olhar.

Ao contrário de muitos, nunca fui grande fã de Nirvana. Os meus sons preferidos de Seattle sempre foram mais Soundgarden, Queensrÿche (estes numa onda completamente diferente), e claro, Alice in Chains. Estes últimos são a marca da decadência, muito em virtude da toxicodependência do vocalista Layne Staley. Por acaso seria interessante saber o que teria acontecido se ele tivesse mantido aquela voz e não se tivesse afundado progressivamente num mundo no qual se isolou e no qual vivia basicamente para o próximo "chuto" (mas detalhes podem ser encontrados no sítio do costume; os detalhes são bastante impressionantes).

A morte da Staley não foi o fim da banda...mas quase. Tive no entanto a honra de os ver no Super Bock Super Bock e foi sem dúvida um dos concertos mais emocionantes da minha vida!

O lançamento deste álbum marca também a única vez que li uma apreciação de um álbum no saudoso Blitz pelo chefe de redacção Rui Monteiro. Não me recordo do que escreveu, com a excepção de uma frase: "A melhor banda do mundo a escrever sobre cavalo"

Feliz ou infelizmente, é verdade.

Fiquem com "Heaven Beside You".

So there's problems in your life
That's fucked up, and I'm not blind
I'm just see through faded, super jaded
And out of my mind


segunda-feira, novembro 03, 2008

Eles não sabem nem sonham...

O blogue Abnoxio é uma das últimas revelações que o universo bloguístico me fez abraçar. Na verdade, é na sua maioria um blogue com recortes de jornais e revistas, mas que revela um fino bom-gosto e uma qualidade de pesquisa assinalável.

Num passeio aleatório pelas postas, deparo-me com esta pérola, com um recorte de uma revista Sábado, de 2 de Outubro do corrente ano. O título? "Somos casados mas nunca fizemos sexo".



Na senda de sensacionalismo e concorrência desenfreada causada pela competição entre revistas como a Sábado ou a Visão, de vez em quando damos de caras com estas maravilhas, que no entanto me fizeram puxar pela cabeça e de facto pensar que para além da óbvia liberdade de não o fazerem (que eu saiba, sexo não consensual é punido por lei, mas não sexo não consensual - bela expressão, hein? - já não o é), há muitos factores a considerar.
  1. Porquê? Será que são sexualmente incompatíveis e não querem esforçar-se para se "aproximarem" nesse campo?
  2. De facto, muita das fontes de problemas em casais encontra-se a nível sexual. Ora, se não se fizer sexo, não há problemas sexuais. E funciona! Claro que é mais ou menos dizer o mesmo que se morrermos nunca mais ficamos doentes, mas pelos vistos há quem prefira isso.
  3. Se forem casados pela Santa Madre Igreja, e se o acto físico do amor não for consumado, podem pedir sem qualquer problema a anulação do casamento (boa!)
  4. O que diria Manuela Ferreira Leite deste casamento? Deveria haver alguma lei que punisse tais casais? É que não nos esqueçamos que a principal função de um casamento é fundar uma família e efectuar a respectiva pró-criação!
As notas seguintes são também interessantes, no que diz respeito a estatísticas, como o facto de verificar o tipo de seres asexuais, ou mesmo de verificar que 1% dos entrevistados nunca sentiram qualquer tipo de atracção sexual por ninguém. Nada que me espante, no entanto... o que me espanta é mesmo o facto dessa gente se unir, teoricamente serem fiéis e no entanto... terem uma vida sexual inexistente!

quinta-feira, outubro 30, 2008

A minha próxima vida

Recebi esta mensagem por email, e aparentemente este ditame é atribuído a Woody Allen. Quer seja, quer não, está genial. Leiam:

Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voila! Acaba como um orgasmo!

Digam lá que não está genial!

Obrigado, E., pela missiva!

Fotos... finalmente!



Wroclaw

Um cheirinho de Wrocław...

quarta-feira, outubro 29, 2008

Ambulâncias!

Desde que cheguei à bela Wrocław que algo me intrigou: sim, falo mesmo das ambulâncias.

Pensem no seguinte: se andarem 1 hora que seja na rua, quantas ambulâncias esperam encontrar a passar em alta velocidade pelas ruas? Uma... em cada semana?

Pois bem, por cá o panorama é diferente... em quase duas semanas de estada, o valor oscila entre as 1 e 2... por dia. Fora as que já me acordaram às tantas da manhã. Ontem por exemplo, a primeira do dia passou às 7:20 da manhã, quase que me acordando.

Estou neste momento numa acção de formação com colegas de países como a China, Polónia e África do Sul, e pelos vistos os únicos que acham isto natural, são, pasme-se.... os polacos! :-D Melhor ainda, eles nem notam que as ditas passam (umas 3 ou 4 durante a formação). Só depois de lhes chamarmos a atenção é que de facto concordaram. Já cheguei ao ponto de fazer apostas no que diz respeito ao número de ambulâncias que vamos encontrar pelo caminho até ao hotel!

A questão que se coloca aqui é mesmo: porquê, porquê, porquê?
  • Será que as pessoas caem que nem tordos nas ruas?
  • Será que há dezenas de acidentes graves nos arredores? (digo nos arredores porque não vi nenhum no centro da cidade, por onde costumo passear)
  • Será que os condutores das ambulâncias estão ansiosos para ir ver os fabulosos filmes da televisão pública em que apenas uma pessoa lê as vozes de todas as personagens, manifestando a mesma emoção que um programa de leitura de texto de 1992? (sim, não estou a brincar!)
  • Será que compraram sirenes novas e querem testá-las... todos os dias, a todas as horas?
Deixem-me dormir, caramba! :-)

sábado, outubro 25, 2008

A hora vai mudar em Wrocław

E sabem como é que eu sei?

Porque me colocaram a seguinte mensagem debaixo da porta do meu quarto:

Szanowi Państwo,

Pragniemy przypomnieć, że dzisiejszej nocy, tj, 25/26.10.2008 r., następuje zmiana czasu na czas zimowy. Należy przestwić zegarki z godziny 3:00 na 2:00.

Estamos entendidos?

P.S: Já sei algumas coisas da língua polaca... a cidade onde estou lê-se em polaco "Vrotsuav" (isto para português ler!)

quarta-feira, outubro 22, 2008

A Polónia é um país moderno

Sempre tive uma impressão da Polónia como sendo um país retrógado, e mais do que católico, muito beato.

Porém, as impressões são mudadas em cada dia que passa. Depois de ter visto um casal de lésbicas apaixonadas aos beijinhos na boca no restaurante onde jantava, aparece-me isto na cantina do meu local de trabalho....

Ora, o que vai desejar ler enquanto espera pela comida: a "Maria", a "Cosmopolita", ou a revista que o caro(a) leitor(a) vê nesta foto? :-)

E é assim a Polónia...

Hmmm...

Muito bem! Leitura de almoço!

Para a semana quero a Hustler. Nunca vi nenhuma e tenho curiosidade.

terça-feira, outubro 21, 2008

Witamy we Wrocławiu!

À Volta do Mundo veio dar um pequeno passeio por motivos de negócio até à cidade de Wrocław, em plena Polónia.

Ficam aqui as primeiras amostras de uma cidade velha e apenas agradável. Espero pelo fim de semana para poder ter uma melhor ideia do me poderá oferecer.

Millenium bank... onde é que eu já vi isto :-)

Não sei onde pára a IV, III, II e I...

Grande marca de banheiras! Dê a ... da sua vida!

sábado, outubro 18, 2008

Sinal que ainda não estou assim tão velho...



...é continuar a gostar disto como gostava há 10 ou 15 anos. Thrash muito bom.
Para consumo ocasional, mas muito muito agradável!

Sinal que estou a ficar velho...



Não tem uma voz absolutamente maravilhosa? A femme fatale feita voz. Estou rendido à Ute Lemper.

domingo, outubro 12, 2008

Porcupine Tree @ Incrível Almadense - 07/10/2008

Quem me conhece já sabe do meu gosto quase obsessivo por esta banda que "quase ninguém conhece, mas que fica quase sempre a gostar" chamada Porcupine Tree.
Estes senhores são exactamente a prova de como o modelo de como o que conta hoje em dia é aparece na rádio, considerando que o ouvinte come o que lhe é servido com ganância e com um critério mínimo. Ora, sem exposição mediática, uma banda mal existe, e eis um exemplo.

Vamos agora transpor esta banda para um modelo onde a música conta mesmo, e o único critério é o do ouvinte, livre de "injecções" do artista A ou B, comandados por grupos de lobbying das editoras e da pressão de ter discos de ouro, platina, ou discos de merda mesmo (pardon my French!): Porcupine Tree é uma banda que de um modo geral consegue agradar a quase todos, seja a minha mãezinha (com temas como "Lazarus") ou um amante de música mais pesada ("Fear Of A Blank Planet", anyone?), passando pelos indefectíveis do rock dito progressivo.

.... e agora que já sabemos o "segredo do sucesso"... foi por isso que a vinda da banda britânica até ao nosso cantinho à beira mar plantado esteve complicada. Eu, pela minha parte, já tinha saciado a minha fome de os ver ao vivo naquele que já referi repetidamente como sendo certamente o melhor concerto da minha vida, juntamente com o Anathema, em Munique, na primeira leg desta tour.

Por isso, um novo espectáculo de Porcupine Tree, desta vez no nosso Portugal, era algo que ia assistir com muito gosto, mas sem o entusiasmo que a primeira vez tem. Foi também a minha primeira vez na mítica Incrível Almadense (que querem, eu não sou de cá! :-)).
O primeiro acontecimento interessante tem mesmo lugar quando chego à entrada da sala e vejo um fulano de capuz preto a atravessar discretamente para o outro lado da estrada. Fico especado a olhar para ele: "Mas... mas... mas eu conheço este gajo....!". Pois, era o senhor Steve Wilson himself a dirigir-se para o autocarro da banda! (isto de actuar em salas onde não há entradas de artistas dá nisto!).

Entrámos e apreciámos o parte do concerto dos Pure Reason Revolution, que sinceramente pouco ou nada me disseram. Foi aliás durante destes que aproveitei e comprei o novo CD de Porcupine Tree (ou uma versão reduzida, já que apenas com membros da banda), "We Lost The Skyline". Talvez tenha adiado a sua compra por ser "mais um álbum acústico", mas estou encantado com o álbum: excelentes arranjos e um som muito agradável, em que apenas os dois guitarristas da banda participam.

Chega a altura de Porcupine Tree. Incrível Almadense em delírio, casa "à pinha" (quem diria, depois de rumores de meia casa apenas!), e.... uma entrada com... Wedding Nails?
Pois é, quem vinha à espera de um concerto onde se tocavam as músicas mais conhecidas deve ter ficado desiludido. As óbvias Trains e Fear of a Blank Planet ficam de fora (sim, na digressão deste álbum!). Quanto ao resto, um som agradável q.b., mas muito alto, o que serviu para "abafar" um pouco a bateria, neste caso. (não me recordo de ter ouvido um concerto com o som perfeito em Portugal - talvez apenas a apresentação do álbum dos Ramp na FNAC em Almada, mas isso não conta!).

Set list:
  • Wedding Nails
  • Normal
  • Prodigal
  • Blackest Eyes
  • Anesthetize
  • Open Car
  • Dark Matter
  • Stars Die
  • Drown With Me
  • Strip The Soul e .3
  • Half-Light
  • Way Out of Here
  • Sleep Together

Encore:
  • Sleep of no Dreaming
  • Halo

Sinceramente, não esperava por músicas como Prodigal, Stars Die (talvez incluída devido ao facto de fazer parte do "We Lost the Skyline"), Strip the Soul, .3, Half Light... O Steve Wilson bem referiu que este não seria o concerto com as músicas que o público estaria à espera.. Comparando com o de 14/11/2007, em Munique, faltam
  • What Happens Now
  • Lightbulb Sun
  • Lazarus
  • Cheating the Polygraph
  • Nil Recurring
  • Waiting
  • Trains
...músicas estas que seriam bem mais "previsíveis"

Ponto alto para a guitarra xuning de Steve Wilson em Half-Light. O Toupeira colocou uma foto on-line muito interessante:


...e sim, os padrões iam mudando. :-)

O concerto acabou faltavam 2 minutos para meia noite, e fiquei com a impressão que todos adoraram... porque é assim quando se come o que se gosta, e não o que se põe na mesa, seja com esta ou com outra banda qualquer.

Uma nota final para o facto, de, estranhamente, não haver qualquer vídeo no Tutubo. Estranhei, e coloquei um vídeo de 35 segundos (!!!). No dia seguinte, tinha o seguinte email do youtube:

From: YouTube
To: XXXXX
Subject: Video Removed: Copyright Infringement

Dear Member:

This is to notify you that we have removed or disabled access to the following material as a result of a third-party notification by Warner Music Group claiming that this material is infringing:

Porcupine Tree - Halo @ Incrível Almadense:
(http://www.youtube.com/watch?v=f5XE2doMQj8)
Please Note: Repeat incidents of copyright infringement will result in the deletion of your account and all videos uploaded to that account. In order to prevent this from happening, please delete any videos to which you do not own the rights, and refrain from uploading additional videos that infringe on the copyrights of others. For more information about YouTube's copyright policy, please read the "Copyright Tips" guide:
http://www.youtube.com/t/howto_copyright.


Gostaria de dar aqui o meu FUCK YOU VERY MUCH à pandilha dos irmãos Warner e seus advogados lacaios devido ao facto de não poder fazer uma fortuna à custa destes 35 segundos do concerto. E eu que ia lançar um Blu-Ray com isto, e que ia valer mais que o felatio da Marylin Monroe em vídeo, MUAHAHAHAHA!

Para finalizar, fica aqui o video de uma das músicas que passou: o vídeo é muito forte e tocante... somehow it brings some memories...


segunda-feira, outubro 06, 2008

A crise do subprime explicada num fenómeno de tascas

À Volta do Mundo decidiu, num momento didático, explicar o problema da crise do sub-prime através de um ambiente mais familiar a estes leitores, ou seja, o das tabernas (*hick*!!!), mais coisa menos coisa!

Dita assim o e-mail que recebi:

O Ti Joaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos 'fiados'aos seus leais fregueses, uns borracholas, outros desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose do tintol e da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do Ti Joaquim, um ousado administrador com um MBA muito reconhecido, decide que o livrinho das dívidas da tasca constitui, afinal, um activo negociável, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o 'fiado' dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e transformam-nos em Warrants, CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que nem todos sabem exactamente o que quer dizer.

Esses produtos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Joaquim). Esses derivados vão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os borracholas de Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e a tasca do Ti Joaquim vai à falência.

E toda a cadeia *_se lixou._*

Viu... é muito simples...!!!

Peço desculpa, mas não sei o que significam aquelas abreviaturas... deve ser algo que teoricamente deveria render muuuuuito, mas com um nível de risco elevado...pois!

Dogville

NOTA: se deseja ver este filme e quer ir "em branco", não leia daqui para a frente! Próximas postas em breve

E se de repente vos dissessem: "Hoje vi um filme com um cenário minimalista, tão minimalista que mais parecia uma peça de teatro (mas daquelas minimalistas!) em ponto ligeiramente maior (imaginem um palco com o triplo do tamanho que estão habituados a ver), em que tudo é imaginário, menos as pessoas e pouco mais.

Agora imaginem que se consegue fazer um filme genial a partir destes ingredientes visuais mínimos. Um filme onde o que interessa está lá, o que não interessa fica ao nosso critério imaginar, com a ajuda das demarcações a giz, até mesmo o cão (!!!).

O resto é uma história da chegada a Dogville de uma estranha, o que nos leva ao fundo do ser humano, e quão merdoso, nojento e mesquinho este consegue ser. É também uma história que nos ensina a manter a nossa dignidade antes que sentimentos menos puros nos corroam e nos tornem um bicho irracional.

Um leque de actores fantásticos, encabeçados por Nicole Kidman, e dirigido pelo génio (não há outra palavra!) Lars von Trier.

E não há muito mais a dizer sobre o filme. É uma obra longa e lenta, mas nunca aborrecida, e claro, ver por quem ainda não teve esse prazer!

Quanto a mim, será, como Into the Wild, um filme a não ver tão cedo. São emoções demasiado fortes para repetir nos próximos dois anos pelo menos.

Dogville... ou o "O filme 'Dogville' contado em nove capítulos e um prólogo'...


quinta-feira, outubro 02, 2008

Quando for grande quero ser CEO

Muito se tem falado da quebra do sistema financeiro, da crise, e dos salários obscenos de alguns CEOs que receberam os seus lindos bónus, apesar da falência iminente. O conceito de "pára-quedas" dourado é conhecido e praticado mesmo no nosso país. Porém, nos EUA, pátria desta crise que se espalha num mundo globalizado, os valores atingim níveis obscenos, tudo em nome da "liberdade de mercado".

Vários casos há, mas vou destacar apenas o do CEO da Washington Mutual, também conhecida como WaMu. Pelos vistos, este senhor, de seu nome Alan Fishman, safou-se à grande. Segundo este artigo, este senhor, que presidiu a empresa durante 432 horas, enquanto assistia ao seu colapso, retirou-se airosamente com o seu pára-quedas de .... mais de 19 milhões de dólares (o que dará algo como mais ou menos €14.000.000, mais cêntimo menos cêntimo!)

Leram bem: 19 milhões de dólares por 18 dias de trabalho, 1.05 milhões por dia, 44 mil por hora (hmmmm.... dá que pensar.... esse senhor fez numa hora o que eu faço, mais euro menos euro, num ano...)

Ora, todos sabemos que o mercado premeia os melhores, numa lógica plenamente "natural". Pelos vistos, esta lógica é uma batata. Porque no final de contas, e como é referido em alguns comentários no sítio já referido acima, o que se consegue deduzir a posteriori é que qualquer um poderia ter ocupado o cargo, dado o aparente incontornável destino da WaMu: a falência. E para se atingir falência pouca diferença há se for pintor, mecânico, polícia ou carteiro.

Na verdade, a minha maior fatia da censura não vai para Alan Fishman - no máximo, podemos alegar um comportamento imoral, devido às condições que aceitou... mas quem não aceitaria?
Vergonhoso e obsceno foi quem criou o pára-quedas dourado para este senhor.

Seja como for, o que parece que acontece aqui é uma alteração dos conceitos que sempre me foram transmitidos, nos quais quem manda recebe mais dinheiro para premiar as suas capacidades de decisão (acertada, espera-se), assim como as suas responsabilidades. Mas pelos vistos, a vida real é diferente, e enquanto um zé-ninguém que arme asneira da grossa é posto no olho da rua, um CEO ou outros membros do Conselho Executivo, por muito grossa que seja a asneira, saem airosamente, abrindo o pára-quedas dourado. E isto parece-me que ultrapassa o criticável "capitalismo selvagem". Parece quase um compadrio... ou então um sistema retorcido e a velha máxima: "Quem parte, reparte e não fica com a melhor parte..." (sim, porque os grandes accionistas também entram neste festim... e os pequenos simplesmente não têm voz).

Laissez faire, laissez passer...

terça-feira, setembro 30, 2008

Telemóveis a bordo? Oh não!!!

Acabei de receber uma notícia que já me deixou indisposto... pelos vistos a TAP já instalou um sistema "On-Air" em algumas dqas suas aeronaves, o que significa que os passageiros já podem efectuar e receber chamadas via telemóvel enquanto o avião se encontra no ar (pelos vistos o sinal de proibido fumar foi substituído por "proibido usar o telemóvel", que se apaga quando uma altitude de cruzeiro é atingida).

Neste linque fica descrita uma pequena experiência a bordo de um desses aviões. Pelo vistos, vão ser cobradas tarifas de roaming, o que espero que impeça um uso frequente devido ao preço. É que os aviões são um dos poucos momentos onde podemos, apesar do zumbido do motor, estar "desligados" do mundo. Já me chega apanhar com as chamadas constantes dentro do Alfa Pendular, a quebra de rede e os berros do vizinho "ESTOU? ESTOU? NÃO SE OUVE NADA!", quando o que queremos é descansar.

Enfim... em breve estaremos contactáveis em todo o lado, que maravilha... :-/


Aquisições de hoje

Não, não morri... simplesmente tenho andado ocupado com outras tarefas que não mandar postas neste pasquim :-).

Hoje, deslocando-me a uma das lojas do Demo que é a Piranha (a outra é a Carbono Amadora) - e digo loja do Demo porque sempre que entro lá desgraço-me sempre, umas vezes mais outras vezes menos :-), adquiri dois CDs fundamentais: "A Line of Deathless Kings", dos sempre grandes My Dying Bride, e "Hindsight", dos Anathema.

O primeiro é um valor seguro: neste momento os My Dying Bride atingiram para mim um patamar tal que não os vejo a fazer um mau álbum de estúdio, embora já me tenham chegado aos ouvidos más opiniões acerca do novo "An Ode to Woe": quem conhece a banda sabe a tortura que é para o vocalista Aaron Stanthorpe estar em palco, e o último concerto que vi deles, pela internet, desde um hotel em Singapura :-), não me impressionou particularmente.
Mas voltando a "A Line of Deathless Kings", é um álbum que se fica a gostar ao fim de poucas audições: a voz do Aaron está cada vez melhor, cada sílaba sua carrega uma tonelada de sentimento, e nem senti saudades do violino :-), para além das guitarras estarem cada vez mais harmónicas. Para variar, não acho que o single do álbum, "Deeper Down", seja a pérola deste trabalho, por isso fica como amostra um bem mais romântico "L'Amour Detruit" (e por romântico não se entenda um pastiche lamechas de "I love you baby, why won't you love me?", mas algo referente ao Romantismo).



The honey of romance, so sweet for us
Through swaying grass we run in arms, just us
The honey of romance, our treat to us
These arms I fold around you.
It's just us.

Your charms so rare
My flesh laid bare
In arms we dare

I will kiss her mouth and her dark eyes
Lose myself freely in her dark eyes
Fall right through her soul, her mind, her skies

Our limbs entwined
Then comes our minds
It's hope we find

The red lips of her mouth
they call to me

Her mind is mine
Her flesh my kind
Warm, soft, smooth, mine!

I lack for naught
Her mind welcomes my thoughts

Entering the dark, so close, entwined
We drift away to nothing
And no-one will find

Within our arms we sleep deeply
I pull her close to me, near me, into me.

...e agora os Anathema. Que fique bem patente que os Anathema estão no meu top 3 de bandas preferidas, juntamente com Opeth e Iron Maiden; que fique também bem patente que para mim "A Natural Disaster" é uma obra prima, e o ponto alto da sua carreira, depois de um óptimo indicador que foi "A Fine Day to Exit".
...Porém, esta opção de regressar com um álbum de versões acústicas é no mínimo discutível. Nada tenho contra tais álbuns, apesar de gostar de poucos ("Damnation", de Opeth, e o "Unplugged" são óptimas referências), porque acima de tudo, o que conta é mesmo a atitude. E a atitude deste álbum é, infelizmente, lamechas e deslavada. O do álbum está excelente, irrepreensível, mas trocava fotos bonitas e uma palete de cores muito atraente por um álbum acústico, mas com "corpo", assim como por uma vocalização com mais sentimento e menos lamechiche. Cheira-me que é um álbum que não irei ouvir muitas vezes...
Tentei de qualquer modo encontrar algo que fosse agradável, e aqui fica o incontornável "Flying".



started a search to no avail
a light that shines behind the veil trying to find it
and all around us everywhere
is all that we could ever share if only we could see it
feel there's truth that's beyond me
life ever changing weaving destiny
and it feels like i'm flying above you
dream that i'm dying to find the truth
seems like your trying to bring me down
back down to earth back down to earth
layers of dust and yesterdays
shadows fading in the haze of what i couldn't say
and though i said my hands were tied
times have changed and now i find i'm free for the first time
feel so close to everything now
strange how life makes sense in time now
and it feels like i'm flying above you
dream that i'm dying to find the truth
seems like your trying to bring me down
back down to earth back down to earth
back down to earth back down to earth x2

quinta-feira, agosto 21, 2008

Obrigado Nelson

Ser campeão significa exceder-nos. Mesmo que se batam recordes ensaio após ensaio.



Citius, altius, fortius.

Ser campeão é assim.

Portugal está orgulhoso de ti, assim como de todos os atletas que se excederam.

(sim, são frases lamechas, eu sei, mas estes acontecimentos são um boost fantástico para uma nação entristecida como é a nossa)

domingo, agosto 10, 2008

Aderir às novas tecnologias? Eu não!

Berlim, Junho de 2008

Sem comentários.

Anathema @ Alliance Fest

Depois daquele que foi o melhor concerto da minha vida (não mencionado neste blogue por mera falta de tempo, mas para quem não sabe, foi mesmo Anathema + Porcupine Tree em Munique, Novembro de 2007; valeu a pena viajar até à Alemanha, por todos os motivos e mais alguns!), fiquei completamente convencido que valia a pena dar €30 para assistir de novo a mais uma actuação destes senhores de Liverpool, mesmo sabendo que seria difícil repetir Munique.

Já tinha visto Moonspell no Rock in Rio este ano, e as outras bandas não me interessavam, pelo que fui apenas e somente por Anathema. Não estou arrependido. Duas actuações extremamente sólidas que só os confirmam como uma das minhas bandas preferidas, apesar das críticas infligidas por alguns fãs mais conservadores. Por mim, e até agora, a evolução da banda tem sido fantástica, e o pouco que ouvi ao vivo do novo álbum que ainda está para vir (antes ainda sairá outro, de versões, para os quais tenho pouquíssimas expectativas) confirmam-no.

As bandas actuaram com ligeiros atrasos (10 a 15 minutos) em relação ao planeado, ao contrário do primeiro dia, onde devido a problemas técnicos... foi o caos, segundo me disseram, e assim, por volta das 20:10, um Vince Cavanagh em canadianas (e com uns óculos escuros muito muito feios!) aparece em palco, para gáudio do público presente. Aparentemente tinha-se lesionado num pé recentemente, pelo que teve que actuar sentado durante a duração do concerto.

Fica para a posteridade o alinhamento do concerto:
  1. Fragile Dreams
  2. Empty
  3. Closer
  4. Far Away
  5. A Natural Disaster
  6. Angels Walk Among Us (do álbum Horizons, que está para vir)
  7. Judgement
  8. Flying
  9. Shroud of Frost
  10. Control
  11. Sleepless
  12. A Dying Wish
  13. Comforably Numb (Cover de Pink Floyd)
Como curiosidade, foram tocadas muito menos faixas do novo álbum, quando comparado com o concerto de Munique. Outra curiosidade foi o facto de terem trazido a vocalista Lee Douglas para cantar o maravilhoso "A Natural Disaster", algo que teria faltado em Munique para ter sido o concerto perfeito.
Quanto ao som, achei muito razoável, tendo em conta que se tratava de um pavilhão gimnodesportivo, muito embora houve quem achasse que o volume estava baixo. Por mim estava óptimo, e falhou apenas nas vozes de "Closer" (talvez a sua melhor faixa de sempre).

Ficam aqui uns "rebuçadinhos" tirados do tutubo, o primeiro com "Fragile Dreams" e o segundo com o brilhante "Flying". Infelizmente, e para não variar, o meu telemóvel n esteve à altura da situação :-( .




Ai se o Bruno Aleixo visse isto...

...ele comeria de certeza! :-) Mínimo 3 carapaus!

Quem não vi ainda a luz e não percebeu, carregue aqui.

domingo, agosto 03, 2008

Os pais portugueses e a educação

Sem comentários...

Cliquem na imagem, leiam e reflictam. O pior é que parece ser mesmo verdadeiro. Génios como a mãe desta aluna deveriam ser entrevistados para poderem expôr ao mundo a sua teoria da Educação.

Berlim!

Na senda de mais uma posta atrasada, aqui fica finalmente o relato de Berlim.

Tive a felicidade de me deslocar a Berlim no final do mês de Junho. E digo felicidade porque seria talvez "a próxima cidade a visitar". Quis o acaso que por motivos profissionais me deslocasse até lá, passando inclusive o fim de semana. Feliz acaso.

Antes de mais, é incrível o contraste com a cidade alemã que melhor conheço, Munique. Fala-se a mesma língua, apoia-se o mesmo país no Euro 2008, mas as diferenças parecem ser mais que as semelhanças. A limpeza e a estética impecável de Munique são substituídas por uma cidade que respira vida, diversidade (Berlim é a segunda maior cidade a nível de população turca, depois de Istambul) e história. Tem uma área enorme, mas nada que um algo antigo, mas muito eficiente sistema de transportes não consiga resolver.

O facto de ter estado em Berlim durante a final do Campeonato da Europa teve talvez como única desvantagem o facto de não ter podido ver a topologia de Potsdamer Platz em detalhe, dado toda essa zona estava alterada para acolher os milhares de fãs (na sua maioria alemães, claro!) que lotavam a "Fan Zone" de Berlim. Porém, tal desvantagem transforma-se numa vantagem quando podemos verificar não só a euforia e o apoio em massa à sua selecção (impressionante!), como também o desportivismo dos alemães após a derrota com a Espanha.

Episódio curioso foi termos sido confundidos com espanhóis no metro, ao regressar ao hotel. Ao ouvir-nos falar em português, muitos alemães, desconhecendo as diferenças entre as línguas, fitavam-nos com um olhar de ... "Pronto, ok, ganharam, parabéns!", mas sempre sem malícia. Uma adolescente veio a fitar-nos o caminho todo para nos presentar com um envergonhado "Thumbs up!" ao sair da carruagem, e outros começaram a arranhar espanhol à nossa frente. Como não lhes quis pregar nenhuma desilusão, acabei por sorrir e ficar calado... ;-)

Tive também a felicidade de visitar o Museu do Muro, mesmo junto ao famosíssimo Check Point Charlie, assim como de ter o meu passaporte carimbado com os carimbos dos postos de controlo das diferentes áreas de influência. Interessante! (mas caro! €5...)

Fica em seguida uma pequena amostra do aspecto de uma cidade que espero um dia revisitar, e uma das que mais me marcou nos últimos tempos! Adorei!



Berlin

World Press Photo 2008

Já estou há mais de um mês para escrever sobre uma exposição que tenho visitado religiosamente nos últimos 3 anos e que considero ser do mais belo que se pode fazer em fotografia. Apesar de ser um mau e preguiçoso fotógrafo, pouca coisa me cativa que umas belas fotos, daquelas que nos transmitem algo e mexem connosco, que nos deixam a pensar.

A World Press Photo visita Lisboa com regularidade há alguns anos, e tem sido ultimamente acompanhada por uma exposição paralela da Visão. Como no ano passado, a exposição teve lugar no Museu da Electricidade , tendo desta vez no exterior uma Feira de Ciência que fez as delícias de miúdos e graúdos.

Por mim, pensei que era desta que ia experimentar um Segway, mas atrasei-me e era demasiado tarde (os preços que são cobrados pelo aluguer deste veículo aproximam-se do roubo, pelo que não estou para isso...). Fica como amostra uma pequena "brincadeira de crianças" em que também não desdenharia participar:


E tu, não queres viajar dentro daquela bola? :-)

Dirigimo-nos então para a exposição propriamente dita. Último dia, bom tempo... tememos o pior, mas o povo português estava neste dia divorciado da cultura (só neste dia???). Como sempre, a WPP não deixa ficar ninguém mal, mas ficámos com a sensação que os fotojornalista tendem a esquecer as coisas bonitas da vida e a focarem-se mais em guerras, conflitos sociais (com destaque especial para a situação no Quénia durante o ano que passou), pobreza, etc., isto claro, se exceptuarmos as habituais fotografias de desporto e natureza.

No ano passado houve fotos marcantes como o de uma comunidade para pessoas com deficiência mental em países nórdicos que me marcou muito. A lente parecia que via a realidade comunitária como um habitante desta a vê no seu dia-a-dia. Estranho, mas interessante, e uma nova perspectiva.

Marcante este ano para mim (e é complicado lembrar-me de algo à distância de dois meses já!) foram as fotos dos problemas sociais relacionados com os palhaços desempregados de países do Bloco de Leste. Dezenas de homens e mulheres voltaram a vestir os seus fatos de palhaço, mas desta vez as plateias radiantes eram substituídas pela lente do fotógrafo, num quarto lúgubre.

Podem ver as fotos aqui. Vale a pena.

Outro destaque para um espectacular instantâneo de desporto, que normalmente não merece a minha melhor atenção (e este coloco aqui uma foto "pirateada" ;-))

E o melhor é que é mesmo real...

A foto do site da WPP pode ser vista aqui.

Em relação ao Prémio Visão foto jornalismo, podem ver mais aqui. Eis a foto vencedora: uma jovem de 19 anos é assistida pelo INEM após ter o seu terceiro (não me estou a enganar!) filho em casa.



...e para terminar só me resta dizer que para o ano espero estar lá de novo!

sábado, agosto 02, 2008

Envelhecendo...

Não costumo por norma reproduzir neste blogue mails em cadeia ou outras porcarias do género, mas por ser uma ideia que considero genial, fica aqui algo que me chegou à minha caixa de correio electrónico há uns anos:

"Durante vinte e sete anos, sempre no dia 17 de Junho, uma família argentina fotografou os rostos de cada um de seus membros, sempre na mesma posição e no mesmo lugar. Primeiro o casal, depois a chegada dos filhos, os cabelos brancos.

Agora, que colocaram a sua experiência na Internet, o resultado é comovente.
É um verdadeiro poema sobre a passagem do tempo.O ritual da nossa vida sobre a terra."

Acrescento também que o mais interessante é que o dia 17 de Junho era escrupulosamente cumprido, o que significava que mesmo que fosse um bad hair day, como refere a reportagem, que pode ser vista aqui, a foto era tirada na mesma.

http://zonezero.com/magazine/essays/diegotime/time.html

Só por curiosidade, deixo aqui uma imagem referente ao primeiro ano em que todos os membros da família já eram nascidos (1984) até ao ano corrente.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Palavras soltas

Eis as palavras de mais destaque no meu blogue.

Da mesma forma como as tags são usadas por muitos bloguistas (não é o meu caso, infelizmente), o wordle faz uma pesquisa no meu blogue e coloca, de uma forma mais ou menos artística, os destaques da nível de palavras. Vejam:



MEDO! A palavra "Valentim" aparece em demasiado destaque! :-)
É interessante como podemos depois brincar com os estilos e fazer umas combinações giras!

...e para quem me está a criticar por ter "demasiado tempo livre"...

Fim de dia de Qualidade

Há dias em que o idealizado se transforma em realidade. E por serem tão raros merecem destaque.

Saí às 18:00, e dirigi-me até uma Lisboa sem trânsito (pelo menos no sentido em que eu me dirigia, eheheh!), com lugares de estacionamento de sobra, dirigindo-me em seguida à Cinemateca para visualizar aquela que será talvez a obra mais bizarra que tive o prazer de apreciar, "Un Chien Andalou", uma obra-prima de Luis Buñuel, com a participação do único e inimitável Salvador Dali. Uma sequência de acções disconexas e separadas no tempo. Interessante no entanto... Podem ver algumas imagens do filme aqui. Fica aqui no entanto o excerto mais conhecido da dita película. [CUIDADO: pode ferir susceptibilidades]



Não tentem enquadrar esta cena com nada, porque por não vão ter sucesso. Se lerem o artigo da Wikipedia poderão ter uma boa noção do que este filme retrata.

Dada a curta duração do filme, A Cinemateca brindou-nos com "A Propos de Nice", uma obra documental de Jean Vigo, de 1930 como o filme anterior. Achei-a algo aborrecida, mas pelos retratos das pessoas: as suas expressões e disposições. Eis os primeiros cinco minutos:



Sair com calma da Cinemateca, jantar com calma, adquirir o genial Roseland Live NYC dos Portishead por €7



Já possuía o DVD, mas não o CD... algo que quanto mais ouço mais gosto...

E para terminar a noite, nada como O Cavaleiro das Trevas.
Em três palavras apenas: o melhor Batman.
Quem me conhece sabe que não sou grande fã de super heróis... mas o Batman no grande ecrã sempre me chamou a atenção (nem que fosse pela inadjectivavelmente sensual Cat Woman Michelle Pfeiffer!). Mas atenção: os Batmen anteriores (entenda-se cronologicamente anteriores a Batman Begins) eram filmes para meninos ao pé deste. Negro (apesar de muitas cenas passadas durante o dia), e um Joker mau, muito mau! fazem deste filme de Christopher Nolan um dos filmes do ano! (Claro que um grupo de perto de 180000 nerds votou o filme como o "melhor de sempre"... é uma questão deste ganhar massa crítica e descer para o lugar que merece! :-))



Ahhh.... se os dias de trabalho acabassem sempre assim..
  • era um homem mais feliz
  • era um homem com menos dinheiro ;-)
P.S.: Espero que uma posta elaborada como esta compense a minha falta de actividade bloguística!

domingo, julho 20, 2008

Homossexualidades parte II: Manuela Ferreira Leite

A nova líder do PPD/PSD (para assim satisfazer Pedro Santana Lopes), Manuela Ferreira Leite, é uma pessoa esclarecida nas ideias, e não tem medo de as afirmar. É assim que é. E é também assim que sei que não vou votar nela. Preze-se no entanto a honestidade da pessoa que refere o que pensa em detrimento de um populismo oco e redondo.

Num programa passado há algumas semanas na televisão portuguesa, M.F.L. referiu ser contra o casamento homossexual, pois o objectivo da família era a pró-criação [sic].

Ora, esta ideia (ou qualquer outra de índole homofóbica) vem exactamente ao encontro de cerca de 70% da população portuguesa, que considera a homossexualidade como sendo errada (assunto a colocar neste blogue em breve).

De qualquer modo, gostaria de ajudar a mais que provável candidata a Primeiro Ministro pelo PPD/PSD e formular uma lei que não só proíba o casamento entre homossexuais, como também impeça casais com problemas reprodutivos de se casarem, dado que não vão conseguir o objectivo do sagrado matrimónio (ops, como é que esta me saiu!).

Proponho também numa segunda fase a ostracização dessas mesmas pessoas em comunidades isoladas, e a implementação do eugenismo como medida de melhorar a Raça (Raça? Dia da Raça? Ai, no que é que eu fui falar!).

E você, já fez um filho hoje?

Cada um tem o governante que merece...

Terminou o julgamento do processo "Apito Dourado". Entre outras figuras mais ou menos públicas, Valentim Loureiro, major de profissão (reformado), autarca/gestor/qualquer coisa que dê poder, acabou condenado pelo tribunal de Gondomar a três anos e dois meses de prisão, com a pena suspensa por igual período. Para além disso, foi também "premiado" com a perda de mandato na Câmara Municipal de Gondomar.

Como sempre, o Sr. Valentim mostrou-se agastado com a decisão, interrompendo a leitura da sentença (há que manter a fama de bem educado!), e explodindo finalmente perante a Comunicação Social, indicando o que já se esperava, ou seja, que se perdesse o recurso (que foi interposto, claro!), iria candidatar-se de novo à autarquia gondomarense e ganhar.

... e digo eu que tem uma elevada probabilidade de ganhar, sim senhor. Porque cada Município tem o Presidente de Câmara que merece. E cada munícipe que vota nele é o mesmo que diz que "Os políticos querem é tachos e dinheiro, mais nada, e não fazem nada por nós!". Dizem isso e ao mesmo tempo seguem uma máxima em voga há já muito tempo no Brasil, que é a de "Rouba, mas faz!". E assim voltará Valentim no seu esplendor!

Estamos num país onde nem as moscas mudam, quanto mais a...

sexta-feira, julho 18, 2008

Há gajos com sorte...



...mas... esperem lá...
Posso gabar-me de já ter estado em alguns daqueles locais!
Portanto, sou também um gajo com sorte... menos sorte que o Matt Harding nesse departamento, mas a trabalhar para o igualar! ;-)

... Around the World...

...À Volta do Mundo...

E em 2008...




Sniff... há sítios que deixam saudades!

Agradecimentos ao Real (não virtual, não republicano! ;-)) pela descoberta!

P.S.: E nem me importava de fazer aquela dança idiota!

terça-feira, julho 15, 2008

Indecisão

Comprei no Domingo passado o bilhete para o os grandes Anathema, no Alliance Fest (o seu novo álbum intriga-me...), e descubro no dia seguinte que Mickael Carreira actua em no Festival da Sardinha em Portimão, sensivelmente à mesma hora.

Não sei o que faça... :-)

Ajudem-me!

domingo, julho 13, 2008

Portugal em "Os Simpsons"

Para que conste, sou fã de "Os Simpsons". O humor de Matt Groening e o "Portrait of an American Family" fazem-no uma fórmula quase perfeita que dura há 21 anos (!!!!).

Se há coisa que gosto, quando o tempo me permite, é ficar em quase estado vegetal a ver a dose matinal de Simpsons na Fox aos fins de semana, de manhã (sim, eu acordo cedo, mas depois perco tempo com estes seres amarelos).

Hoje, como de costume, ia estando com um olho no burro e outro no cigano, ou melhor, com um olho no monitor e outro na TV, quando ouço a palavra PORTUGAL. Olho exclusivamente para a pantalha do televisor, e vejo isto:


Mexico VS. Portugal - Funny blooper videos are here

E melhor ainda, o Homer torce por Portugal!

Pronto... fiquei sem compreender o porquê de Portugal, mas eu acho que o Matt Groening queria mesmo dizer que só países desinteressantes jogam futebol! :-(
Esperemos que eu esteja enganado.

quinta-feira, julho 10, 2008

Super Bock Super Rock 2008 [UPDATED]

Mais um concerto que prometia desta fantástica colheita de 2008 que têm sido os eventos musicais (que na verdade começou a 14 de Novembro de 2007... um dia escrevo sobre o concerto da minha vida...).

Sacavém, 9 de Junho de 2008:

Mais um dia em que o metal imperava nos festivais. A minha ida a este Super Bock Super Rock devia-se essencialmente a Iron Maiden, com o "bónus" Slayer. As expectactivas eram altas, e é tão bom quando correspondem à realidade!

O thrashers americanos começaram ainda de dia, mas em forma. Thrash metal rasgadinho, com um som muito razoável (aquela bateria!!!), e revisitando temas como "Dead Skin Mask", "War Ensemble", "Angel of Death". Tive a (in)felicidade de ficar junto a um mosh pit, o que, apesar de me fazer desviar a atenção das músicas, serviu para me divertir com alguns episódios mais rocambolescos. De resto, som muito aceitável, e uma jovialidade fantástica para quem anda nesta vida há mais de 20 anos. Interessante também a timidez de um Tom Araya para com o público: sorrisos envergonhados, uma ou outra comunicação com a multidão e pouco mais. Claro que o vozeirão é sempre o mesmo: fantástico!


South of Heaven

Anoitece e espera-se por Maiden. Era a quarta vez que via estes meninos ao vivo:
  • 1995 - Pavilhão do Dramátco de Cascais
  • 2000 - Vilar de Mouros
  • 2005 - Pavihão Atlântico
  • ...e finalmente - 2008 - Super Bock Super Rock
Tive o prazer de visualizar no dia anterior um bootleg que "anda por aí", de seu nome "The Albatross Follows on 2008", um registo ao vivo desta mesma tour. Fiquei contente, porque apesar de estarem velhos, continuam afinados e a produzir um espectáculo muito bom mesmo!
A set listde hoje [ontem] foi exactamente igual à do concerto supra-mencionado,
com uma diferença: foi melhor.

Uma melhor voz do Bruce, um público simplesmente espectacular, e um som que começou bem e foi piorando, para melhorar um pouco no encore (sempre o som, sempre o som... desta vez estridente por vezes)
É verdade que eles se mexem menos, mas fora isso continuam a ser uma máquina de fazer música.

Foram estes senhores que, para o bem ou para o mal, traçaram o meu caminho musical. Devo-lhes isso. E por isso merecem muito. E merecem que eu refira que foi o melhor concerto de Maiden que assisti, principalmente pelo ambiente. Os cenários estavam irrepreensíveis e o Bruce "Born in '58" Dickinson percorreu-os com o mesmo à-vontade com que o fez em Long Beach Arena, Los Angeles, California, em 1986.

As músicas? As esperadas, com a excepção de Running Free, que ficou de fora do cardápio desta vez. Quase tudo material bem antigo (o mais recente foi o inevitável Fear of the Dark), com destaque especial para o grande Rhyme of the Ancient Mariner. Finalmente ao vivo!


Fear of the Dark (a imagem não é grande coisas, mas o som está bom...)

E claro, o Eddie!


There's a time to live
And a time to die
There's a time to meet your wanker
(credits for the pun to A.P.N.)
(se não perceberam, vejam bem o vídeo até ao fim! ;-))

Por isso e por tudo o que me fizeram sentir desde 1988/89:

UP THE IRONS!

Voltem sempre, cá vos espero!!!

Espero actualizar o site mais tarde com alguns vídeos do "tu-tubo". Os que eu gravei, estão, para não variar, inutilizáveis :-(

P.S.: to whom it may concern: os beijos foram entregues, espero que não se tenham perdido no caminho ;)

quarta-feira, julho 02, 2008

Onde é que eu aterrei mesmo...

"Vindo de um qualquer país estrangeiro...*", como diria uma banda que escreveu uma canção com o nome da cidade estive, aterro no meu país, e deparo-me com uma notícia em que:

É escrita uma biografia sobre José Sócrates com o título "Sócrates, o Menino de Ouro do PS". A mesma biografia é apresentada por Dias Loureiro, conselheiro de Estado e ex-ministro do PSD (sim, PSD) Dias Loureiro, que se emociona durante a apresentação do livro.

Será que o país mergulhou numa imensa nuvem de ganza enquanto eu estive fora e ainda não inalei o suficiente para achar que tudo isto é uma situação perfeitamente anormal? Será o que foi o hipnotizador Alexandrino que, a mando do Partido Socialista, desinspirou Eduarda Maio a escolher um título daqueles, forçando em seguida Dias Loureiro a dizer o oposto do que Maomé diz do toucinho?

Alguém de deixa dar uma passa, por favor?

* - uma pista... "Müller no Hessischer Hof Hotel" e já falei de mais.

sábado, junho 28, 2008

What's been running on my head - Part IV

Enquanto não há tempo para colocar algo de jeito sobre o local onde me encontro, fica aqui algo que tenho andado a cantarolar ultimamente. O novo álbum dos grandes Opeth apresenta uma perspectiva nova sobre a banda, depois dos três excelentes álbuns que foram Damnation, Deliverance e Ghost Reveries. Os contrastes são cada vez mais acentuados, oscilando entre uma simples faixa acústica e um Death Metal puro, duro e rasgadinho.

Mais ainda, as letras do álbum parecem girar à volta de um tema que me tem dito muito ultimamente...

Fiquem com um Coração de Porcelana...
Gostei muito do vídeo, toda a teatralidade, etc...



quarta-feira, junho 18, 2008

22, Acacia Avenue

Os Iron Maiden são a minha banda favorita. Ponto final. São como um amor que nunca morre, não são como uma paixão ardente. Podemos estar meses sem nos vermos (ou seja, para nos escutarmos), mas estão sempre presentes.

Seja como for, sabe bem ouvi-los de vez em quando para confirmar tal sentimento. E dado que dia 9 eles vão estar por cá, nada como recordar uma das minhas músicas preferidas. Não é single, é "apenas mais uma" do colar de pérolas que é o Number the Beast, um álbum que se dá ao luxo de ter como b-side Total Eclipse, umas das suas melhores composições.

Vamos visitá-la a 22, Acacia Avenue, numa interpretação fresquinha de 1982.

She's your tonight...



Beat her, mistreat her, do anything that you please
Bite her, excite her, make her get down on her knees
Abuse her, misuse her, she can take all that you've got

Caress her, molest her, she always does what you want

domingo, junho 15, 2008

The Happening

Confesso que são raros os filmes que me causam "arrepios na espinha": a vida real é por norma mais feia, injusta e cinzenta, e de um modo geral horrenda que os filmes, que terminam após aproximadamente um par de horas.

Porém, até ontem havia dois filmes em particular que me assustavam a sério: o "The Shining", de Stanley Kubrick, e o "Blair Witch Project", filme bem mais recente e que não possuia em qualidade de argumento acabava por ter de sobra em terror puro e duro, daquele que nos faz ter medo do escuro.

Ontem foi mais um raro dia em que me assustei a sério. O filme responsável chama-se "The Happening", em português "O Acontecimento", e mete medo. Medo a sério. Cenas que impressionam, e que nos deixam de boca aberta mesmo (e eu raramente utilizo esta expressão!)

Fica aqui o trailer, que considero excelente. Vejam, e se vos atrair, vão ver o filme, porque este é mesmo tão espectacular como parece (o trailer aqui não engana, não!)


Praia!

Sexta-Feira foi dia de primeira praia do ano.

Tarde excelente de praia, não fossem as rajadas de vento ocasionais.

Praia do Abano

Arco-íris

Tirada ontem em Lisboa...

Alguma vez tinham visto um arco-íris assim? E não, não estava prestes a chover nem nada parecido...

Camionistas, greves & piquetes

Passou-se a greve, errr, perdão, errr, lock out, errr, perdão, o bloqueio...
A vida volta ao normal, e até já abasteci na bomba do Jumbo de Alfragide sem estar numa fila (toda a gente deve ter ido abastecer no dia a seguir ao final da greve, errr, perdão, errr, lock out, errr, perdão, bloqueio...)

O Governo decidiu finalmente, num assomo de generosidade, negociar com a ANTRAM, errr, perdão, com o grupo de camionistas amotinados (há outro nome?).

Onde é que quero chegar? Aos métodos de "persuasão" dos grupos de camionistas, que brincam aos piquetes de greve, à sua maneira.

Exemplo 1: os supermercados Pingo Doce foram abastecidos através de camiões escoltados pelas forças de segurança. Porquê a escolta? Porque senão são, meus caros, apedrejados.

Exemplo 2: um camião isolado é apedrejado. De quem é culpa? Da BT da GNR, que não avisou os "piquetes" (não há aspas que cheguem para colocar na palavra "piquetes") que se tratava de um camião que tratava medicamentos. Ah! Maldita bófia, que não avisa. Porque se avisasse, este camião seria poupado. Em cada camionista amotinado há um potencial D. José I (O Magnânimo!).

Entretanto, um camionista atropela outro mortalmente, em circunstâncias ainda por desvendar completamente...

Sou um gajo novo e ingénuo, e pelos vistos devo dar graças aos céus por isso (Ignorance is bliss!). Mas sempre pensei que os piquetes de greve convenciam os trabalhadores a aderir à greve, distribuiam panfletos, etc., ou seja, faziam ver aos trabalhadores que estes devem fazer uso do seu direito à greve, explicando-lhes os motivos.

Pelos vistos não, isso era apenas fruto da minha ingenuidade. Os ditos piquetes podem praticar actos como
  • destruição de propriedade privada: apedrejar e queimar camiões.
  • bloqueio da via pública.
Segundo ouvi dizer, estes actos são puníveis por lei, e não se enquadram nas medidas grevistas. Pelos vistos, "persuade-se" os colegas trabalhadores através das actividades acima mencionadas.

E o mais interessante é que tantas vezes se fala da prepotência dos patrões perante as greves, das ameaças destes (e não duvido que estas ameaças existam!)... e "o outro lado da barricada" faz-se o que se viu nos canais de televisão.

Será que estou a ficar velho? Fascista? Reaccionário?
Ou será que sempre vi a greve como um direito e não como um dever?

O Governo de Sócrates nunca se caracterizou pela facilidade de diálogo, e as manifestações eram não poucas vezes ignoradas, ou métodos mais ditatoriais como tirar fotografias aos responsáveis pelo aglomerados eram utilizados. Porém, desta vez, e com actividade de perturbação de ordem pública que vão para além da greve em si (direito que, repito, assiste a um grupo de trabalhadores), nada é feito, e pelos vistos os camiões que os ditos piquetes (ou piquês, como referiu um dos amotinados: será familiar do Nelson Piquet?) julguem não ser prioritários serão alvos das actividades persuasivas destes grupos.

O que fez a polícia? Nada. Quem vai ressarcir os donos dos camiões? Desconheço as apólices de seguro dos camiões, mas a destruição de veículos por alteração de ordem pública está longe de ser uma cobertura base.

Não estou com isto a ignorar a luta de um grupo de pessoas, mesmo que dissociadas da ANTRAM. Simplesmente digo que os responsáveis pelos actos descritos acima devem ser chamados à pedra. E termino a pensar que não vou dizer que a polícia de choque devia ter carregado sobre os manifestantes, senão ainda sou eu o apedrejado...