quarta-feira, dezembro 26, 2007

Recordações de Infância

Piascas... por acaso nunca tive nenhuma... sempre tive só peões...


Foto tirada numa transversal da Avenida da Igreja, em pleno centro de Lisboa.
Ver um pião faz-me sentir tão velho... no sentido em que a nova geração olha para eles como sendo uma coisa absolutamente primitiva, e, o que é ainda mais preocupante, fica a pensar "Era assim que esta gente se divertia quando era mais nova?".

A resposta é: no passado não havia "payshtationshes" e quejandas. Devia ser uma vidinha muito aborrecida, não era? :-D

What's been running in my head - Part II

Talvez a minha música preferida de Anathema... esta jovem do MySpace, possivelmente também fã da música, decidiu em boa hora fazer um vídeo.

Apesar de bonito, a ideia que tenho deste vídeo (principalmente na parte mais violenta) é de alguém dentro de uma sala almofada, a chocalhar como uma pedra dentro de uma lata... não me perguntem porquê!

Disfrutem... uma música única. Ouçam MUITO ALTO e com muita atenção.

Anathema - Violence

terça-feira, dezembro 25, 2007

What's been running in my head - Part I

"Am Universum" é para mim um álbum pleno de originalidade, e uma surpresa agradável após o "Tales From The Thousand Lakes", em que os ambiente Doom/Death da obra de 1994 estavam um pouco à frente de mais para o que eu ouvia na época (talvez a voz gutural me causasse alguma urticária, não sei...)

Deixo-vos assim um dos melhores momentos de Am Universum, "Alone". Uma música muito intensa para um clipe essencialmente onírico e, que infelizmente, "amputa" os últimos 90 segundos de um belíssimo instrumental (não consegui encontrar a versão completa), assim como parte do início. :-(



Concerto de Natal

Prometi a mim próprio que este blogue iria "ignorar" o Natal, pelo simples facto de, na minha opinião, escrever uma posta a desejar as Boas Festas aos (poucos) leitores deste blogue não fazia sentido (espero ter-lhes desejado tal de uma maneira ou de outra, mas de uma forma mais directa que via uma posta).

Porém, é incontornável mencionar tal época festiva quando é precisamente nesta altura do ano que abundam os concertos de música clássica. E foi precisamente a um destes concertos que tive a felicidade de assistir. A Orquestra Metropolitana de Lisboa presentou-nos com um belíssimo concerto, dividido entre Arcangelo Corelli (Concerto Grosso, Op. 6, n.º 8, Fatto per la notte di natale), e Giacomo Puccini (Missa de Glória), num palco que, apesar de não possuir uma acústica perfeita (facto que se sentia mais na obra de Puccini, onde o efeito de reverbação era notório quando os instrumentos de sopro adquiriam maior preponderância): a Igreja de S. Domingos, em plena Baixa lisboeta.
Para quem não conhece, este templo, construído no séc. XVIII, sofreu um sério incêndio em 1958, que destruiu todo o interior opulento e barroco. Por motivos que desconheço, o restauro foi mínimo, deixando praticamente nuas, numa beleza invulgar, as paredes e colunas outrora resplandecentes de talha dourada. Uma visita imperdível para quem vier a Lisboa!

O local, como já referi, era fantástico, a entrada era livre e o público, apesar de por vezes se esquecer que não se aplaude entre os andamentos da obra, era respeitador (e diga-se, de passagem, na sua maioria, mais velho que eu!).

Por fim, quanto à interpretação da orquestra, não sou suficientemente experiente para avaliar tal, mas posso dizer que gostei, e o concerto foi uma excelente escolha para uma noite de uma semana apinhada de jantares e saídas de Natal!

Agradecimento especial à alucinada que se vê perseguida por um limão azul pela proposta e companhia!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

E você, não quer um saquinho plástico também?

Como se sabe, o Governo pensou impor uma taxa de €0,05 sobre os sacos plásticos que todos os dias utilizamos nos supermercados, etc.

A propósito disso, Joana Amaral Dias escreveu uma deliciosa crónica no Público, onde o Sr. José, da mercearia da esquina, faz cara feia quando a cronista recusa mais um saco plástico.

Estamos de tal maneira inundados em sacos plásticos que ignoramos que anualmente são produzidas toneladas de plásticos que usamos uma vez e deitamos fora, como quem deita o caroço de uma peça de fruta. A média de vida de cada saco é de uns efémeros... 12 minutos, ou seja, em toda a sua vida, usamos um saco plásticos 12 minutos. Ora, por muito que este objecto se transforme numa commodity, tal não significa que seja grátis!

É precisamente por ser grátis que desperdiçamos tantos sacos diariamente. E é precisamente também por isso que uma taxa mínima iria reduzir drasticamente o consumo destes sacos.

Veja-se o exemplo do Lidl e do Pingo Doce, onde os clientes já levam sacos de casa. Tudo decorre de forma pacífica. Eu, por minha vez, comprei dois sacos, que me custaram €0,10 cada, e que são trocados gratuitamente assim que se estragarem. Já troquei um, e só lamento esquecer-me deles no carro de vez em quando.

Mesmo assim, tenho um superavit de sacos brutal. Já recuso sacos sempre que necessito, e tenho sempre a sensação que esta recusa, tal e qual como acontece com o merceeiro da crónica de Joana Amaral Dias, causa estranheza.

Não consigo ver uma única razão para não se pagar por um bem; o único motivo seria o facto de nunca termos pago por tal, mas o que está mal, corrige-se. Na Irlanda, em 2002, o Governo impôs uma taxa de €0,12 (!!!), o que fez com que o número de sacos que cada irlandês levasse para casa anualmente descesse de 328 para.... 21 em 2005, e fizeram com que os sacos plásticos, que representavam 5% do total de lixo do país, descessem para 0,22%. Medidas semelhantes estão a ser aplicadas em países como Quénia, Ruanda e Tanzânia.

Porém, no site do Público, ainda há "tugas" (que palavra tão feia, mas condiz com estes seres) que encaram o português no seu pior: acomodado, pedinchão, comodista e que deita a culpa para cima dos outros. Desde pessoas que acham que, ironicamente, também deve ser aplicada uma taxa sobre preservativos (que eu saiba, esses pagam-se, e bem, e se formos a calcular a pegada ecológica de preservativos vs. sacos plásticos... quem comentou isto deve ser MUITO MACHO!), aos que acham que os supermercados deviam ser obrigados a dispensar embalagens (grátis, claro!) ecológicas.

Gostaria de deixar no entanto a opinão de dois super-tugas. Estes sim, representam o que mais triste temos.

Um tuga do Porto revela a sua opinião:

"O xerife de Nottingham já arranjou uma forma de nos ir ao bolso. Quando aparecerá um Robin Hood português para nos salvar desta espécie?"

Ou seja, contra-argumentos = ZERO. Boa! Motivações para esta taxa? Não interessa, temos que pagar, e não pago mais um cêntimo, seja pelo que for!

Já uma tuga da Maia regurgita:

"Realmente só nos falta pagar 'taxas' pelos sacos de plástico dos supermercados! Se isso acontecer, a partir desse dia começo a pôr o lixo, seja ele qual fôr, em qualquer sítio e qualquer lugar [gostei do pleonasmo, revela inspiração poética!]. A separação do lixo em minha casa vai acabar imediatamente e a minha preocupação de levar o lixo aos ecopontos também termina."

Mais uma que não só exprime a sua ira perante um "direito adquirido", ou seja, nadar em sacos plástico! (iupi! Ainda bem que o 25 de Abril nos trouxe alguma coisa boa!)... como também ameaça despejar lixo, em qualquer sítio e qualquer lugar (sic). Era bom é que essa senhora me avisasse quando o fosse fazer: assim verificava que poderia comprar muitos sacos plásticos com o dinheiro que iria pagar em multas por deitar lixo em locais impróprios! Já agora, e para terminar: já pensou em reciclar-se (sim, a si própria!), podia ser que o resultado fosse melhor que o actual!

Só uma pequena questão para este tugas e para todos os que emitem opiniões semelhantes... com a excepção das novas embalagens PET, que pelos vistos são recicláveis e biodegradáveis... quantas centenas de anos demora um saco plástico a decompôr-se? Pensem nisso. Ou então encontrem outra maneira de refrear o consumo compulsivo destes fantásticos adereços do nosso dia a dia.

domingo, dezembro 09, 2007

Ena, tantos!

Toda o macho que é macho já fantasiou em ter uma fêmea (sim, macho para fêmea... o amor não tem nada a ver com esta parte!) que se viesse uma dúzia de vezes seguida e se julgasse o maior amante do mundo.

...mas... e se em vez de uma dúzia de vezes fossem cerca de 200 POR DIA?

Ah pois é! O grande jornal de referência dos trolhas ingleses, de seu nome "News of the World" publicou o relato de uma jovem que é... sensível! Fica aqui um dos muitos linques possíveis.

Conviver com esta mulher deve ter traços de bizarria. Imagino o que é estar muito bem a falar com ela, ela faz uma careta enquanto bebe um copo de água, e perguntamos: "O que foi, engasgaste-te, a água sabe mal?", ao que ela responderia "Não, apenas tive um orgasmo, desculpa!"

Pelos vistos a doença existe mesmo e chama-se Síndrome de Excitação Sexual Persistente, o que causa com que o acontecimento mais banal cause um orgasmo. Muitos dos milhões de leitores deste blogue :-) estarão a gozar com a situação (no pun intended!!!), mas se calhar ter tão pouco trabalho para fazer a mulher atingir um orgasmo também não deve ser fácil.

Enfim... e pensar que há mulheres que não conseguem durante a sua vida toda 1/200 do que esta jovem de 24 anos consegue em 24 horas!

Este linque explica porque é que tanto orgasmo num só dia pode ser... no mínimo, desinteressante, e que não devemos confundir esta situação com a famosa ninfomania.