Cascais, 10 de Novembro de 1995.
O agora destruído pavilhão do Dramático de Cascais acolheu nesse dia os grandes Iron Maiden, e ia ser a primeira vez que eu ia presencear(*) uma actuação ao vivo da minha banda de sempre.
A primeira parte ia ser da responsabilidade de uns desconhecidos My Dying Bride, também britânicos. O facto de eu não os conhecer não significava porém que uma parte considerável do público não estivesse ali com o objectivo específico de os ver: o negro das saias, a maquilhagem abundante, e todos os traços góticos assim o indicavam.
Confesso que, ao contrário do meu comparsa de concerto, a banda não me disse nada, e nem me recordo se a actuação foi assim tão boa.
Acabei por decidir dar uma nova chance à banda passado cerca de um ano, quando me emprestaram o CD. Novos horizontes tinham-se aberto na minha paisagem musical (a entrada para a Universidade faz maravilhas, e em 1995 nem 3 meses de U.M. tinha), e a reacção foi outra.
"The Angel and the Dark River" é dos albuns que mais me marcou. O primeiro álbum de Doom Metal, gótico, bleak, hopeless. A primeira faixa, então, "The Cry of Mankind", com a sua guitarra hipnótica e os seus 12 minutos e 14 segundos arrastados, moribundos, são para mim a sublimação de tal estado. Infelizmente o clip que apresento em seguida refere-se apenas a versão curta da música, o que exclui cerca de 6 minutos de um final onírico, apenas com sintetizadores e um coro em fundo, assim como uma introdução mais trabalhada.
You can't expect to see him and survive...
Para ouvir num quarto escuro, sozinho e compenetrado.
Enjoy it!
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