Está prestes a acabar o programa "Prós e Contras" na RTP1 e o tema de hoje foi o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Não sou adepto do formato do programa, mas desta vez quis ver, por um motivo muito simples: queria entender os argumentos de quem está contra. Por norma há sempre argumentos a favor e contra, e após pesar ambos, cada um de nós chega a uma conclusão. Foi assim comigo no caso do aborto: ouvi ambos os lados e conclui.
Porém desta vez o debate foi muito peculiar para mim: consegui estar a ouvir o "não" e... não conseguir achar uma única ponta de sentido em qualquer um dos argumentos. Temos os catastrofistas, que dizem que aprovar este tipo de casamento significa que a seguir hão-de vir os casamentos poligâmicos e que provavelmente acabaremos como Sodoma e Gomorra. João César das Neves usou este argumento em relação ao aborto e está visto o que deu após um ano de lei do aborto. Sinceramente, julgava este grupo de pessoas mais inteligente.
Temos depois o argumento da "pró-criação"; continuo sem perceber... de que modo é que tal vai afectar os outros casais... Quem não "pró-cria" não pode casar?
Assistimos ao velho argumento que "sempre foi assim, para quê mudar?" dos conservadores. Curiosamente, é tudo uma questão de tempo. Ser agora ou ser depois. Foi assim com o aborto. Será assim com o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Temos uma lei que é homofóbica e discrimina de uma forma negativa um casal do mesmo sexo que se queira casar. E podem dizer que já pode haver uniões de facto entre casais do mesmo sexo. A quem diz isso eu respondo: e se agora os casamentos heterossexuais fossem proibidos, e os homossexuais não, sendo no entanto as uniões de facto possíveis? Pois...
Se há assim tantos problemas, pois mude-se a lei. Vamos destruir algum status quo? Vamos prejudicar quem? Vamos apenas alterar um conceito, nada mais! Mas ao alterar esse conceito vamos conseguir algo muito raro: fazer um grupo de pessoas mais felizes por um lado, e por outro não vamos prejudicar ninguém como consequência dessa alteração!
E lembrem-se de uma coisa: o casamento civil é independente de qualquer religião ou seita. Se a Igreja Católica Apostólica Romana, ou a Igreja Maná querem proibir cerimónias homossexuais, isso é para ser discutido dentro dessas comunidades. Por isso... deixem a religião fora disto, por favor.
Gostaria por fim de destacar o papel da Fernanda Câncio no debate. Precisa e acutilante, disferiu rudes golpes no "não", muitas vezes com informações actuais e relevantes.
...e uma outra nota antes de me ir... interessante ver que do lado do não estavam apenas homens... curioso...ou então esperado...
Não sou adepto do formato do programa, mas desta vez quis ver, por um motivo muito simples: queria entender os argumentos de quem está contra. Por norma há sempre argumentos a favor e contra, e após pesar ambos, cada um de nós chega a uma conclusão. Foi assim comigo no caso do aborto: ouvi ambos os lados e conclui.
Porém desta vez o debate foi muito peculiar para mim: consegui estar a ouvir o "não" e... não conseguir achar uma única ponta de sentido em qualquer um dos argumentos. Temos os catastrofistas, que dizem que aprovar este tipo de casamento significa que a seguir hão-de vir os casamentos poligâmicos e que provavelmente acabaremos como Sodoma e Gomorra. João César das Neves usou este argumento em relação ao aborto e está visto o que deu após um ano de lei do aborto. Sinceramente, julgava este grupo de pessoas mais inteligente.
Temos depois o argumento da "pró-criação"; continuo sem perceber... de que modo é que tal vai afectar os outros casais... Quem não "pró-cria" não pode casar?
Assistimos ao velho argumento que "sempre foi assim, para quê mudar?" dos conservadores. Curiosamente, é tudo uma questão de tempo. Ser agora ou ser depois. Foi assim com o aborto. Será assim com o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Temos uma lei que é homofóbica e discrimina de uma forma negativa um casal do mesmo sexo que se queira casar. E podem dizer que já pode haver uniões de facto entre casais do mesmo sexo. A quem diz isso eu respondo: e se agora os casamentos heterossexuais fossem proibidos, e os homossexuais não, sendo no entanto as uniões de facto possíveis? Pois...
Se há assim tantos problemas, pois mude-se a lei. Vamos destruir algum status quo? Vamos prejudicar quem? Vamos apenas alterar um conceito, nada mais! Mas ao alterar esse conceito vamos conseguir algo muito raro: fazer um grupo de pessoas mais felizes por um lado, e por outro não vamos prejudicar ninguém como consequência dessa alteração!
E lembrem-se de uma coisa: o casamento civil é independente de qualquer religião ou seita. Se a Igreja Católica Apostólica Romana, ou a Igreja Maná querem proibir cerimónias homossexuais, isso é para ser discutido dentro dessas comunidades. Por isso... deixem a religião fora disto, por favor.
Gostaria por fim de destacar o papel da Fernanda Câncio no debate. Precisa e acutilante, disferiu rudes golpes no "não", muitas vezes com informações actuais e relevantes.
...e uma outra nota antes de me ir... interessante ver que do lado do não estavam apenas homens... curioso...ou então esperado...
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