(Serve a presente para avaliar também alguns dos veículos da cidade)
Finalmente um cafezinho classy onde se comer (tomar um pequeno almoço tipicamente árabe é ainda um desafio para o qual não me sinto qualificado: isso sim, é fácil de encontrar). Mais ainda, o pequeno almoço é para mim uma refeição importantíssima: detesto meter qualquer coisa para a boca à pressa, para despachar, antes de ir trabalhar, e se pudesse, tomá-lo-ia todos os dias numa esplanada, ou num sofá como os do Java Café, a ler o jornal, de modo a que demorasse no mínimo uma meia hora, com calma, a saborear cada pedaço da minha torrada e do meu galão, enquanto ia acordando lentamente.
Infelizmente, na zona onde estou alojado (a zona dos ministérios) não abundam estabelecimentos do género. E isto leva-me ao tema a vinda de uma cadeia internacional de cafés para o nosso país, que na minha opinião, só peca por tardia.
Somos um povo com um café excelente, mas somo também um povo monolítico e cego no que diz respeito ao café, por norma. Isto porque já temos uma instituição portuguesa chamada "O Café", não a bebida, ou o grão, mas o estabelecimento comercial, onde, com mais ou menos qualidade se serve uma panóplia de coisas, desde bolos, a pastilha elástica, o pãozito para se levar para casa, uma imperial, um copo de 3 tinto, ou seja, é a evolução natural da taberna à boa maneira portuguesa.
Infelizmente, na zona onde estou alojado (a zona dos ministérios) não abundam estabelecimentos do género. E isto leva-me ao tema a vinda de uma cadeia internacional de cafés para o nosso país, que na minha opinião, só peca por tardia.
Somos um povo com um café excelente, mas somo também um povo monolítico e cego no que diz respeito ao café, por norma. Isto porque já temos uma instituição portuguesa chamada "O Café", não a bebida, ou o grão, mas o estabelecimento comercial, onde, com mais ou menos qualidade se serve uma panóplia de coisas, desde bolos, a pastilha elástica, o pãozito para se levar para casa, uma imperial, um copo de 3 tinto, ou seja, é a evolução natural da taberna à boa maneira portuguesa.
E o que tem isso de mal? Nada. Mas nada, se não fechar as perspectivas para algo mais (porque num café, um café ou é um café - gostei desta :-) - ou um galão, ou uma meia de leite). Só muito recentemente começaram a surgir no nosso país formas diferentes de apreciar um café:
E que tal se em vez das cadeiras do café, surgissem umas poltronas coloridas, onde um grupo de amigos se pudesse sentar e conviver?
E que tal se em vez das cadeiras do café, surgissem umas poltronas coloridas, onde um grupo de amigos se pudesse sentar e conviver?
E que tal se se déssemos conta que existe vida para além do café expresso? E que as capacidades para se inventar um pouco (frappé, capuccino, etc.) irão requerer sempre um óptimo expresso? (e nisso nós somos mestres!).
A vinda da Starbucks para Portugal representa um enorme desafio para a marca: traz consigo tudo o que referi acima, menos, infelizmente, um bom expresso. E mais ainda, cobra caro por uma chávena de expresso e serve-o mal e porcamente num copo de plástico. E isso para um português é simplesmente insultuoso (e eu concordo!). Ainda recentemente tive a experiência de tomar um expresso numa concorrente, a San Francisco Coffee Company, em Munique, e a experiência foi muito pouco positiva e pode ser resumida a duas palavras: queimado e caro (€2), mas ao menos não foi, salvo erro, num copo de plástico. Isto porque quem lá trabalha, acima de tudo, não faz a mínima ideia a que um bom expresso deve saber.
Estou assim curioso para saber qual será o preço de um expresso no Starbucks. Tenho a certeza que não serão €0,60, mas acima de tudo quero verificar a sua qualidade. Espero que a empresa aproveite a nossa expertise para melhorar um pouco aquele sabor azedo e queimado, sem no entanto perder toda a sua imaginação de um caramel macchiato, ou de um frappucino. E claro... os blueberry muffins e afins, que fazem parte do meu imaginário desde o final de 2002.
Anseio por usá-lo como refúgio de uma tarde pardacenta na baixa, vítima do inverno português, frio e húmido, no seu pior. Ou acabar sentado a gozar o ar condicionado, enquanto degusto um gelado frappucino que me baixa a temperatura escaldante do verão lisboeta.
Sentar-me confortavelmente num sofá, ver quem passa, ler um livro, conversar, conviver...
Quando a primeira loja abrir, lá estarei. E espero não me enganar ao dizer que espero ser cliente regular.
Anseio por usá-lo como refúgio de uma tarde pardacenta na baixa, vítima do inverno português, frio e húmido, no seu pior. Ou acabar sentado a gozar o ar condicionado, enquanto degusto um gelado frappucino que me baixa a temperatura escaldante do verão lisboeta.
Sentar-me confortavelmente num sofá, ver quem passa, ler um livro, conversar, conviver...
Quando a primeira loja abrir, lá estarei. E espero não me enganar ao dizer que espero ser cliente regular.
2 comentários:
Dentro do género, prefiro os "Costa". Pelo menos conseguia beber o café sem vontade de cuspir tudo fora. E os muffins, que é a única cena que gosto no Starbucks, eram quase iguais.
Deviamos era importar mais o conceito de winebar. Tenho feito uns beta testings com o 706, mas as opções ainda não são muitas.
Só fui ao "Costa" uma vez, em Heathrow, em 2005, e não me recordo.. :-)
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