domingo, abril 09, 2006

Cem anos de solidão

Terminei ontem à noite a leitura daquele que considero ser o melhor livro que já li em toda a minha vida, "Cem Anos de Solidão" (peço desculpa ao Eça e a toda a família Maia).

Não há muitas palavras para dizer, além de que vejo Gabriel García Márquez como um Tim Burton da literatura, com uma imaginação tão fértil que ultrapassa os limites do imaginável. Fiquei de tal modo enredado na história que dei comigo a ler acontecimentos completamente bizarros e a aceitá-los como algo perfeitamente normal, encantado que estava por tudo o que se passava na mística Macondo.

Para alguns, é a mais bela obra em castelhano desde D. Quixote. Creio que a versão portuguesa não lhe fica atrás. A tradução é feita com tal atenção e cuidado que dificilmente consigo verificar qualquer perda (ao contrário, por exemplo, da versão inglesa d'"Crime do Padre Amaro", onde o tradutor consegue assassinar um belo romance transformando-o em pura Pulp Fiction sem Tarantino.

É a segunda obra que leio de Gabo, e embora a primeira, "Memórias das minhas Putas Tristes" não tenha conseguido impressionar-me por aí além (desculpem, JP e Márcia! :)), "Cem Anos de Solidão" é suficientemente bom para entrar para número 1 na minha lista...

Uma pequena nota para quem me emprestou o livro, e o pedido de desculpas antecipado para quem não a descodificou: "Tu, sempre tu!"... GTT, J.A.N. gen. F.

5 comentários:

Nuno Sal disse...

Por momentos pensei que estivesses a falar de algo relacionado com o sporting. Do genero "mais cem anos sem ganhar nada".

Desculpa lá mas o jogo de Sábado permite-me destas coisas... :)

João Pedro disse...

Ao menos permite-me o pensamento de que "Memórias das minhas Putas Tristes", que também não achei nada por aí além, tenha feito com que surgisse o clic para leres o segundo livro do Gabo.

Achei muita piada alguns pormenores da tua posta porque identifico-me de algum modo. É que até ter lido os "Cem anos de solidão" o meu livro era os Maias e o Eça era o verdadeiro. Mas depois de ter lido os "Cem anos de Solidão" tudo mudou. É qualquer coisa de fenomenal. O livro é a obra-prima das obras-primas.

P.S. Depois de ter lido esse livro li o "Memorial do Convento", achei que tal como o Gabo, o Saramago também tinha as suas alucinações. Será típico dos "Prémio Nobel"?

José Carlos Gomes disse...

Vou ter de seguir a tua estratégia: apontar os nomes das personagens para não me perder.

McBrain disse...

Em relação aos 100 anos sem ganhar nada, temos que tentar com mais força que o FCP, não conseguimos bater os 19 anos (mas espera, 19 < 100).

Se quiseres falar da triste sina de uma equipa que perde o campeonato dois anos seguidos a 5 minutos do fim do jogo, estás à vontade... mais do que isso, não!

McBrain disse...

Em relação aos 100 anos sem ganhar nada, temos que tentar com mais força que o FCP, não conseguimos bater os 19 anos (mas espera, 19 < 100).

Se quiseres falar da triste sina de uma equipa que perde o campeonato dois anos seguidos a 5 minutos do fim do jogo, estás à vontade... mais do que isso, não!�s à vontade... mais do que isso, não!