Conforme se pode ler no site da TSF, os Estados Unidos da América do Norte, essa "land of the free", executaram recentemente o prisioneiro nº. 1000.
Resta saber se houve alguma festa com o prisioneiro.
Imagino um cenário onde, ao entrar na sala de execuções, tocaram as sirenes e ouve-se, com uma voz do estilo do Cândido Mota, mas com um acentuado sotaque do Tennessee*:
- Parabéns! Você é o 1000º prisioneiro a ser executado!
O público levanta-se em delírio e bate palmas, e nem os jornalistas conseguem conter a emoção de tão tremendo acontecimento.
Entretanto, o Governador do Estado entrega ao felizardo uma placa comemorativa, assim como um bilhete pessoal e intransmissível para a Feira Popular, para ele e um acompanhante!
O fotógrafo trata de capturar o momento, e Kenneth Boyd (é o nome do felizardo) aparece no jornal, sorridente e bem disposto, se bem que com uma lágrima ao canto do olho, resultanete da emoção do momento; come uns canapés, bebe um copo de Möet et Chandon, e após alguns autógrafos, e a conselho do médico, lá se senta numa cadeira... eléctrica!
A realidade segue dentro de momentos...
(passados alguns momentos).
É assim a liberdade e o respeito pela vida nos Estados Unidos da América.
Orgulho-me de pertencer ao primeiro país europeu a abolir a pena de morte!
Victor Hugo escreveu em 1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo): "Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos".
* - Sim, eu sei que a execução foi na Carolina do Norte, mas não considero o sotaque suficientemente ridículo para a rábula!
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2 comentários:
Pois, mas há em Portugal gente que costuma ser ouvida e lida atentamente e que anda com ideias perigosas. Ainda ontem, em editorial no "Pùblico", o José Manuel Fernandes, embora dando uma no cravo e outra na ferradura, lá foi dizendo que não se deve fechar as portas todas à tortura...
Aqui me penitencio mais uma vez perante o camarada Marginalizante, sniff! :(
Então não é que, segundo a Ciberdúvidas:
Um fotógrafo capta um momento.[e não captura!]
Peço perdão pelo lapso, apenas fico feliz por saber que é um erro comum! :)
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