Algures entre 1997 e 1999, ouvi na TSF, num programa da Sarah Adamopoulos (obrigado, Sarah!), algo completamente refrescante. A força de um sample de uma orquestra misturada com scratching e uma voz absolutamente sublime captaram-me desde a primeira audição. O "All Mine" chegava pela primeira vez aos meus ouvidos. Houve depois um Inutel qualquer :-) que me emprestou o CD, e a partir daí é história.
Não assisti ao mítico concerto de 1998 no Sudoeste. Assisti ao de ontem. Creio que nunca conseguirei descrever na totalidade o que se sente quando as expectactivas, já de si tão elevadas, são ultrapassadas.
O som estava irrepreensível, e nem por um segundo comprometeu a interpretação da banda (aliás, os meus ouvidos mal zumbem depois deste concerto!). As músicas do novo álbum, "Third" resultam fenomenais ao vivo. Sons que vão desde uma percussão em "Machine Gun" que me faz lembrar os Einstürzende Neubaten, às guitarras de "Silence" que parecem tiradas de um álbum de Mão Morta. A voz de Beth Gibbons está melhor que nunca (aliás, no regresso do concerto vim a ouvir o que considero a obra prima deles, o seu álbum homónimo, e a voz esteve seguramente melhor neste concerto que em todo o dito registo de estúdio). O público aceitou (talvez ainda não rendido) os novos temas, delirou com os antigos, e terminou o concerto numa sintonia linda com a banda (Li uma crónica on-line que referiu a "estranheza" do público perante os novos temas. Não me pareceu... ou será que há mais pirataria em Lisboa que no Porto? :-D)
Pena mesmo a curta duração do concerto, e o número reduzido de encores, para um público com uma "fome" de muitos anos. Porém, acabar o alinhamento oficial com "Cowboys", a minha faixa preferida de Portishead. Brilhante!
...e agora o que não se descreve... acabar uma música e eu ficar extático, sem aplaudir sequer, quando o público delira. O porquê disto não se descreve. Não há palavras que o descrevam. Simplesmente é melhor assim.
Se não tivesse um ano que promete ser o mais profícuo que me lembro em termos de concertos, diria que o concerto do ano já eu saberia qual era. Assim sendo, esperemos...
"Ooh, if you take these things from me"
[Portishead, "Cowboys"]
Não me tirem mais coisas destas de mim, por favor. Quero mais.
Não assisti ao mítico concerto de 1998 no Sudoeste. Assisti ao de ontem. Creio que nunca conseguirei descrever na totalidade o que se sente quando as expectactivas, já de si tão elevadas, são ultrapassadas.
O som estava irrepreensível, e nem por um segundo comprometeu a interpretação da banda (aliás, os meus ouvidos mal zumbem depois deste concerto!). As músicas do novo álbum, "Third" resultam fenomenais ao vivo. Sons que vão desde uma percussão em "Machine Gun" que me faz lembrar os Einstürzende Neubaten, às guitarras de "Silence" que parecem tiradas de um álbum de Mão Morta. A voz de Beth Gibbons está melhor que nunca (aliás, no regresso do concerto vim a ouvir o que considero a obra prima deles, o seu álbum homónimo, e a voz esteve seguramente melhor neste concerto que em todo o dito registo de estúdio). O público aceitou (talvez ainda não rendido) os novos temas, delirou com os antigos, e terminou o concerto numa sintonia linda com a banda (Li uma crónica on-line que referiu a "estranheza" do público perante os novos temas. Não me pareceu... ou será que há mais pirataria em Lisboa que no Porto? :-D)
Pena mesmo a curta duração do concerto, e o número reduzido de encores, para um público com uma "fome" de muitos anos. Porém, acabar o alinhamento oficial com "Cowboys", a minha faixa preferida de Portishead. Brilhante!
...e agora o que não se descreve... acabar uma música e eu ficar extático, sem aplaudir sequer, quando o público delira. O porquê disto não se descreve. Não há palavras que o descrevam. Simplesmente é melhor assim.
Se não tivesse um ano que promete ser o mais profícuo que me lembro em termos de concertos, diria que o concerto do ano já eu saberia qual era. Assim sendo, esperemos...
"Ooh, if you take these things from me"
[Portishead, "Cowboys"]
Não me tirem mais coisas destas de mim, por favor. Quero mais.