sábado, março 18, 2006

"Você, você..."

Estava eu a caminhar em direcção ao meu veículo, vindo de um estabelecimento comercial, quando encontro uma rapariga na casa dos 5 anos de idade, juntamente com a sua mãe. A miúda estava a fazer algo que a mãe não desejava, ao que esta última lhe ralhava: "Bia, não faça isso. Está a ouvir? Não faça isso!"

Mas por que raio é que esta gente trata a filha como se estivesse a falar com o Presidente da República? Tanto quanto notei, este fenómeno só se dá em Lisboa, e em famílias normalmente "bem". Mas porquê?!?!? Raios partam as línguas que possuem uma maneira formal de dizer "tu"...

Imagino como é que esta gente evolui e se trata em certas ocasiões mais íntimas...
Será que o "tio" e a tia falam durante o acto sexual? Se sim, como será que o fazem? Será que também se tratam por "você"? Será que gemem com estilo? Será que gostam de usar palavrões (mas sempre com formalidade!).

Imagino o "tio" e a "tia":
- Oh sim, não páre, não páre
- Oh rico, se continua assim, ainda tenho um orgasmo

Infelizmente, não conheço ninguém que trate os pais por "você". Quanto conhecer, já sabem qual será a minha primeira pergunta: PORQUÊ. Tem que haver um motivo, deve haver um psicólogo que justifique isto!

Alguém me ajuda, por favor?

domingo, março 12, 2006

And now, for something completely different

Ora eu sei que vosselências, visitante do meu blogue, às vezes podem estar pouco elucidados sobre as coisas desta disciplina que é a vida, e gostariam mais saber para melhor melhor nota tirarem e consequentemente arranjarem um lugarzinho no céu.
Longe de passar um atestado de burrice aos leitores deste blogue, decidi esclarecer-vos sobre o mistério que muitos de vós se interrogam diariamente:

De onde vêm os bebés

Ora, como quero ser rigoroso, decidi pedir ajuda a um especialista, ou seja, um livro para as crianças alemãs aprenderem a bela arte de fazer filhos.
O livro é simplesmente fantástico!!! É um belo manual sexual! Vou tentar traduzir as imagens no meu alemão reles, pelo menos as partes mais importantes. Enjoy it!














































Aqui vês um bebé. Sabes como ele vem ao mundo?
Aqui está o pai e a mãe, eles vão tê-lo juntos.



Aqui vês o pai e a mãe sem roupa. Podes ver as mamas da mãe e a sua racha. [que bela linguagem]. Podes também ver a pilinha do pai. À pilinha chama-se "membro". Podes também ver uns saquinhos no meio das pernas, é o chamado escroto.
O pai e a mãe amam-se muito. Eles beijam-se e o membro pai fica grande, e permanece duro daí para a frente.
A mãe e o pai gostam muito que o membro do pai entre na rata [!!!!] da mãe.



O pai e a mãe deitam-se na cama e eles levam o membro para a rata, para que possam brincar um com o outro. O pai e a mãe mexem-se para cima e para baixo. A isso chama-se fazer amor. Isso pode ser fantástico [REALLY?!!??!]. Assim, o pai e a mãe podem ter um filho quando quiserem.
O pai e a mãe sentem muito amor um pelo outro. Eles querem miuto ter um filho. Nos sacos [?] do pai estão as sementinhas que saem pelo seu membro quando o pai e a mãe fazem amor.
As sementinhas nadam para dentro da rata da mãe e vão dar a um buraquinho na barriga da mãe. A esse buraquinho é dado o nome de útero. Dentro dele está de quando em quando um pequenino ovo.



Passam-se muitos, muitos dias.
Nove meses são passados desde que a semente encontrou o ovo. Nessa altura a criança está tão grande que quer sair.
A barriga da mãe está tão grande que as roupas já não lhe servem.
"Eu consigo sentir como o útero se contrai!", diz a mãe ao pai. "Agora já falta pouco para trazer o nosso filho ao mundo".



O pai conduz a mãe até à clínica.
A mãe deita-se numa cama na clínica e depois vem o médico que fala com a mãe e o pai. O médico vai ajudar a mãe a dar à luz.



Então começa a mãe a dar à luz. Primeiro aparece a cabeça da criança pela rata da mãe.
A seguir saiem os braços da criança.



Agora a criança é posta junto da mãe. O médico cortou o cordão umbilical. Também a placenta da mãe já saiu [NOTA: placenta em alemão == Mutterkuchen; Mutter == mãe, Kuchen == bolo.... sem comentários!]. A criança já nasceu.
O pai e a mãe descansam uns dias. Depois voltam a casa. Quando a criança tem fome, bebe leite dos seios da mãe.

Espero que daqui para a frente não tenham mais dúvidas. Se tiverem, deixem um comentário, que eu tentarei responder! :)

terça-feira, março 07, 2006

Qualidade de vida

Em virtude de consulta médica, sai bastante cedo do trabalho e cheguei a casa cedo, um pouco antes das 18h.

Tudo estava calmo, demorei metade do tempo a chegar a casa (quando saio do médico às 18:40, o caminho para casa é o IC19 no centro de Lisboa), e ainda era dia.

Ainda lanchei algo em casa, e fiz as limpezas mais cedo do que é costume.

Finalmente tive uma pouco da vida que vi em países que visitei, como é o caso da Suécia, onde os empregados da ex-Vodafone(*) entram às 8:00 e até antes, mas às 16:30 estão a sair. E quem vier com a desculpa dos dias curtos no Inverno, que vá para a Suécia em Julho e olhe para o céu às 22:30.

Já agora, como é que os suecos conseguem índices de produtividade superiores aos nossos quando pelos vistos "não se esforçam tanto como nós"?

(*) - A Vodafone Suécia foi recentemente vendida à Telenor

O Céu vai mesmo cair-nos em cima da cabeça!

Fui hoje pagar a minha TV Cabo + Netcabo, e qual não é o espanto quando leio na factura (cuja data limite era 28/02/2006, ehehe) o seguinte:


A partir de agora, navegue mais pelo mesmo valor. O limite de tráfego internacional do seu tarifário Netcabo passou para 10GB.
Para mais informações, vá a www.netcabo.pt.


Pois bem, lá fui, e não é que está aqui tudo explicado!!!

Depois desta posta, acho que se confirma o a previsão!

Nota: quando cheguei a casa, liguei o PC para poder verificar tais novidades... e, adivinhem, estava sem internet!. Aparentemente, devido a uma avaria de um servidor DHCP, estava sem rede. Felizmente que a falha durou pouco tempo.

Mais ainda... se compararmos os tarifários Netcabo com os do Clix equivalente em preço, já chegamos à conclusão que já não estamos a anos luz da concorrência. Viva!

quinta-feira, março 02, 2006

Memórias e a origem das coisas

Ontem estive a rever em DivX aquele que considero ser o melhor concerto gravado que já vi em toda a minha vida: Live After Death, dos imortais Iron Maiden.

Sem entrar em considerações sobre a brilhante actuação da banda, em Long Beach Arena, Los Angeles, Califórnia, entre 14 e 17 de Março de 1985, lembrei-me de como os Maiden me abriram os olhos para a música, nos idos anos de 1989. Para dizer a verdade, era frustrante perguntarem-me quais eram as minhas músicas preferidas e eu não saber dizer...

Até que no meu 7º. ano de escolaridade um colega de curso me emprestou uma cassete com várias músicas, entre as quais se destacou o grande Number of the Beast, ao vivo no dito álbum.










Foi como se finalmente eu percebesse que estava ali o que eu gostava, o que eu eu queria, e poucas vezes, se não nenhumas, terei tido um momento de revelação como nesse dia de 1989. O meu gravador Tensai, cujo uso inicial era o carregamento dos jogos do meu Timex 2048, reproduziu até tarde os riff de Adrian Smith e Dave Murray.

Lembrei-me então de quem me emprestou a dita cassete, um tal de Luís Miguel Cordeiro, mais conhecido como "Fano" (alías, ninguém a não ser a família o devia conhecer pelo seu nome de baptismo). Era um "eterno repetente, mas uma pessoa com um verdadeiro bom coração, que nos protegia a nós, fracotes do 7º ano. Era o maluco que, estando "tapado" com faltas a História, saltava pela janela da sala quando a professora estava de costas (e fê-lo mais que uma vez!).

Tendo passado do 7º. para o 8º. ano sem saber como, acabámos por ir para turmas diferentes, e perdi-lhe o rasto. A última vez que ouvi falar dele foi há 4 ou 5 anos, quando o meu amigo Miguel, o encontrou no autocarro. Após uma breve troca de palavras, o Miguel ficou a saber que o itinerário do Fano era o Bairro S. João de Deus, no Porto. E claro, o Miguel ouviu o inevitável "Por acaso não tens 100$ que me emprestes?".

O Bairro S. João de Deus foi entretanto demolido, e cheira-me que a vida do Fano também... e assim se vai quem nos abriu novos caminhos na vida...